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segunda-feira, 21 de junho de 2010


CBERS é a sigla para China-Brazil Earth-Resources Satellite; em português, Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres.
Estes satélites fazem parte do INPEIntituto Nacional de Pesquisas Espaciais, subordinado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O INPE é o responsável no Brasil pelo programa em parceria com a China, em vigor desde 1988 e que prevê o desenvolvimento quatro satélites até 2010.
Estes satélites se destinam a monitoração do clima, projetos de sistematização e uso da terra, gerenciamento de recursos hídricos, arrecadação fiscal, imagens para licenciamento e monitoramento ambiental, entre outras aplicações. Suas imagens são utilizadas por empresas privadas e instituições como IbamaIncra,PetrobrasAneelEmbrapa e secretarias de Fazenda e Meio Ambiente.
Desde 2001 foi estabelecida uma política de distribuição gratuita das imagens CBERS para todos os usuários brasileiros. Essa significância é atestada pelos mais de 15.000 usuários de mais de 1.500 instituições cadastrados como usuários ativos do CBERS, e também nas mais de 300.000 imagens do CBERS distribuídas à razão aproximada de 250 por dia entre órgãos públicos, universidades, instituições, centros de pesquisa e ONGs.

O CBERS-1 foi lançado pelo foguete chinês Longa Marcha 4B, do Centro de Lançamento de Taiyuan, em 14 de outubro de 1999. O lançamento ocorreu à 1h15 deBrasília.
O satélite é composto por dois módulos principais:
O primeiro módulo contém os seus instrumentos de pesquisa e tem instalado 3 câmeras e o repetidor.
  • Câmera Imageadora de Alta Resolução denominada de CCD.
  • Imageador por Varredura de Média Resolução denominado de IRMSS.
  • Câmera Imageadora de Amplo Campo de Visada denominado de WFI
  • Repetidor para o Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais.
O segundo módulo contém os equipamentos que asseguram o suprimento de energia, os controles, as telecomunicações e demais funções necessárias à operação do satélite.
Apresenta uma órbita hélio-síncrona com uma altitude de 778 km, faz cerca de 14 revoluções por dia e consegue obter a cobertura completa da Terra em 26 dias.

Radio Fusão


Radiodifusão é a transmissão de ondas de radiofreqüência que por sua vez são moduladas, estas se propagam eletromagneticamenteatravés do espaço. É um meio de comunicação ao qual a maioria da população tem acesso como ouvinte. O receptor de rádio, por se tratar de um instrumento de baixo custo, pequeno porte e programações diversificadas, exerce uma maior incidência na vida diária das pessoas, tanto em zonas urbanas quanto rurais. Ele é rico em sugestão e sua capacidade de criar imagens, estabelecer laços afetivos e suscitar uma cálida sensação de intimidade com o ouvinte que recebe a mensagem em sua solidão, facilita a adesão, a identificação afetiva - mais que intelectual - a ela.
radiocomunicação iniciou como telégrafo sem fio, por volta de 1912. Todavia, com a invenção da modulação se iniciaram as primeiras experiências de radiocomunicação e radiodifusão, que a partir deste ponto ganhou espaço comercial.

Sino Brasileiro

O Comitê Conjunto do Programa CBERS (JPC, na sigla em inglês) anunciou na última terça-feira (11/05) o encerramento das atividades do satélite sino-brasileiro CBERS-2B, lançado em 19 de setembro de 2007. A missão do CBERS-2B foi considerada bem sucedida, tendo ultrapassado em sete meses a vida útil inicialmente estimada de dois anos. Durante o seu período de funcionamento, o satélite realizou 13.000 voltas em torno da Terra, coletando imagens, 270 mil delas distribuídas gratuitamente a usuários brasileiros e outras 60 mil a usuários de mais de 40 países.

Construído no Brasil, lançado na China e operado em parceria pelos dois países, o CBERS-2B foi o terceiro satélite lançado pelo Programa "China-Brazil Earth Resources Satellites" (CBERS), ou Programa "China-Brasil de Satélites de Recursos Terrestres". O próximo satélite do programa, o CBERS-3, tem o seu lançamento previsto para o segundo semestre de 2011 e deverá ser o primeiro da segunda geração de satélites desenvolvidos pela parceria sino-brasileira. A primeira geração foi composta pelos CBERS-1, CBERS-2 e CBERS-2B, todos agora inoperantes. A previsão inicial do lançamento do CBERS-3 era 2009, e o atraso deve-se a problemas orçamentários.

Desde o último dia 11 de março o CBERS-2B vinha apresentando problemas no seu sistema de orientação. Duas semanas depois foi detectada uma falha no sistema de potência, que fornece energia aos subsistemas do satélite através do uso de células solares. Em 16 de abril, os Centros de Controle do Brasil e da China não conseguiram mais estabelecer contato com o satélite, que envia sinais intermitentes, indicando falha no sistema de abastecimento de energia. Como são muito remotas as chances de ser restabelecido o funcionamento normal do satélite, o JPC resolveu declarar encerradas as suas atividades.

Quando em funcionamento pleno, o CBERS-2B era usado como instrumento secundário no monitoramento da Amazônia, pois as suas imagens eram empregadas para a extração de dados utilizados em muitos sistemas de acompanhamento da Floresta Amazônica e do seu desmatamento. Até o lançamento do CBERS-3, em 2011, o Brasil ficará sem um satélite próprio e deverá fazer uso de imagens do satélite indiano Resourcesat e do americano Landsat-7 para a coleta dos dados necessários ao monitoramento. Desta maneira, a perda do CBERS-2B não deverá afetar significativamente as atividades do Prodes, o conhecido programa de monitoramento do desmate da Amazônia. 

que tipo de satelite que faz a transmiçao dos jogos

Uma pequena demostração da parceria entre Angolanos e Brasileiros.

http://www.youtube.com/watch?v=LrXlOlvV744

domingo, 20 de junho de 2010

Cultura Brasileira e Cultura Angolana *um espetaculo*

A Deus Eu Peço





Composição: Juanes


Que a menina dos meus olhos nunca venha a me abandonar, a Deus eu peço


Que encha a minha casa de alegria e muita paz, a Deus eu peço


Que você fique comigo e não me deixe mais minha vida, a Deus eu peço


Que pra dificuldade sempre encontre uma saída, a Deus eu peço






Pelos dias que teremos e as noites de paixão amor, a Deus eu peço


Pelos filhos dos meus filhos e os filhos dos seus filhos, a Deus eu peço


Que a guerra não derrame o sangue dessa gente inocente, a Deus eu peço


Que o mal caia por terra e o bem se faça presente, a Deus eu peço






Um minuto mais de vida pra te dar e de coração inteiro me entregar


Um minuto mais de vida pra te dar e de coração inteiro me entregar


Um minuto mais de vida ohhhhh, a Deus eu peço






E se eu morrer que seja de amor e que o meu amor seja todo seu


Iluminando a nossa paixão todos os dias, a Deus eu peço


E se eu morrer que seja de amor e que o meu amor seja todo seu


Iluminando a nossa paixão todos os dias, a Deus eu peço






Pelos dias que teremos e a noites de paixão amor, a Deus eu peço


Pelos filhos dos meus filhos e os filhos dos seus filhos, a Deus eu peço


Que a guerra não derrame o sangue dessa gente inocente, a Deus eu peço


Que o mal caia por terra e o bem se faça presente, a Deus eu peço






Um minuto mais de vida pra te dar e de coração inteiro me entregar


Um minuto mais de vida pra te dar e de coração inteiro me entregar


Um minuto a mais vida ohhhh, a Deus eu peço






E se eu morrer que seja de amor e que o meu amor seja todo seu


Iluminando a nossa paixão todos os dias, a Deus eu peço






E se eu morrer que seja de amor e que o meu amor seja todo seu


Iluminando a nossa paixão todos os dias, a Deus eu peço






Que Alexandre viva mais cem anos, que Angola e Brasil caminhem sempre juntos.






Que abençoe esse povo africano maravilhoso, que abençoe o brasileiro, o estrangeiro, todo mundo.






A Deus eu peço






E se eu morrer que seja de amor e que o meu amor seja todo seu


Iluminando a nossa paixão todos os dias a Deus eu peço






E se eu morrer que seja de amor e que o meu amor seja todo seu


Iluminando a nossa paixão todos os dias... a Deus eu peço.



Cultura:teatro ,cinema,tv, artes plasticas pontos, turisticos e danças da Angola

O PROGRAMA LIBERDADE DE EXPRESSÃO, apresentado pelo MIGUEL FARIAS, exibido na TV Pernambuco, recebeu a Mirtes Novaes, a Cyane Pacheco, o Jean Santos, o Ghuga Távora e a Marília Santos para uma conversa sobre tema COLETIVISMO ARTÍSTICO E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL.




O fenômeno dos coletivos fervilha no Brasil já faz um bom tempo e não precisou da mídia para surgir e se disseminar. Os coletivos surgem, se desfazem, se mantém, se replicam, vão e voltam, de forma independente e espontânea e assim como a mídia voltou suas lentes para eles também se esquece rápido deles, mas eles estão por aí, atuando nas sombras, nas brechas ou na luz do dia.

Um ponto básico em se tratando de entender os coletivos brasileiros é sua freqüente atuação fora dos meios culturais institucionalizados, isto é, aqueles que na sociedade em geral validam o que pode ser tido como “arte” ou não. Cada vez mais, as ações destes grupos - sejam em trabalhos com comunidades sem-teto, em favelas, na mídia independente ou tática, na internet, nas ruas ou no mato, e até na privacidade da vida cotidiana, frente mesmo a uma platéia caseira, doméstica e reduzida - se diluem em atos efêmeros, inefáveis, ou pontuais e marcantes, de acordo com a filosofia própria de cada grupo, mas que supostamente questionam todo um circuito instituído de exposição-público-mercado.

Os coletivos são alheios a toda mega-estrutura, e normalmente atuam fora da curadoria e do olhar controlador das instituições, mais além das câmeras de vigilância, do ar condicionado e dos eventuais vigias, diretores e assessores de imprensa.

Sem sentido ou repletas deles, as ações dos coletivos brasileiros ainda parecem hesitar entre serem “artistas” ou mandarem a Arte para os ares. Mas o que ainda nos prende à Arte? Por que ainda usar este nome? Com que estranho fascínio Ela ainda acena para alguns? Fama, prestígio, dinheiro, cadernos culturais, o gênio criador? Se renunciar à “Arte” é difícil para alguns, é por que talvez ainda não se tenha entendido que a entrega à vida (ou à “realidade”, como alguns preferem chamar) não significa a nulificação do estético. Muito pelo contrário, o “artista” aqui é o pensador, o criador de estratégias de ação, o arquiteto de atos que vão reverberar – a intensidade desta reverberação é claro que dependerá dos meios, finalidade e impactos planejados – nesta mesma “realidade”. Daí então a importância do conceito, desta mesma herança conceitual de que parte da arte brasileira é tão rica, e que tem sido esquecida faz tempo.

O ofício de arquitetar, de calcular efeitos, de planejar ações como quem planeja uma campanha de marketing, uma invasão, um assalto ou uma festa-surpresa, de pensar nos mínimos detalhes, de aplicar seu virtuosismo e conhecimento estético em minúncias que às vezes podem fazer grande diferença, de pensar ações que fujam do óbvio por terem justamente sido pensadas e calculadas, é o que pesa.

Um conceito bem pensado e realizado pode dizer mil vezes mais que uma barulhenta passeata. Se criadores de agências de publicidade podem burilar conceitos a serviço de um sistema que usa a criatividade para vender sabão em pó, por que os coletivos de artistas não podem fazer uso de conceitos de uma forma tão ou mais inteligente que as tais “indústrias criativas”?





MYTES NOVAES - Produtora Cultural e representante do Projetos Outros. A Myrtes trata de captar recursos. Vida dura.......... Captar não é fácil, mas o pessoal do coletivo esbanja na criatividade.





O "Coletivo Oroboro" é um grupo produtivo de artes composto por diversas linguagens e perfis profissionais desde artistas plásticos, poetas, escritores, arquitetos, designers, videoartistas, net.artistas e performers. É um Coletivo Criativo-Construtivo?, autônomo, com o intuito de transformar o Espaço Urbano e as Pessoas que convivem neste universo, a partir de ações artistico-interventivas pelo espaço público.Buscam refletir e direcionar suas ações para a estética do "Enfrentamento do Horror na Arte" a partir da leitura da obra de Alberto Lins Caldas e outros. O "Coletivo Oroboro" é um projeto aberto ao diálogo e produção conjunta com outros coletivos e artistas independentes.













JEAN SANTOS - Produtor de Cinema e de Mídias Alternativas, que divide seu trabalho em escolas públicas, fazendo com que celulares com câmeras possam se transformar em instrumento de arte.







Miguel Farias, produtor e apresentador do Programa Liberdade de Expressão, em momento de concentração antes do início da gravação.

GHUGA TÁVORA - designer, educomunicador e produtor cultural, do Coletivo Célula Mater Tem vídeos do Ghuga lá no Youtube e quem quizer ver e saber mais, vai lá e conhece o trabalho desse cara, que deixou de ser professor de inglês prá professar e profetizar que " Que a fotografia seja expansiva e esteja sempre em expansão".







A energia do cara é tão forte quanto os trabalhos que tivemos chance de ver nas páginas do mundo virtual.Procurem e vocês vão sacar o que estamos afirmando. Só vamos fornecer o blog do Célula Mater, porque vocês vão ter que procurar mais porque esse é o sentido do coletivo, portanto visita aí o












MARÍLIA SANTOS é fotógrafa, publicitária e Imaginauta, figura de importância no contexto do Célula, presente em todas as ocasiões com sua fotografias que podem ser conferidas quando você clica no blog do pessoal.



O CélulaMATER vôou de Olinda e pousou na Rua da Glória, 310, no Bairro da Boa Vista. Vindo pela Casa Da Cultural, atravessa a Ponte Velha, depois a Rua da Aurora e segue na Rua Velha. Depois, pegar a primeira à esquerda, que é a Rua da Glória. A inauguração do CélulaMATER foi no dia 13 de maio, 2008





Dito D'oxossi, casado e sou muito feliz com a minha familia, musico, do Candomblé, coordenador geral da Entidade de Cultura Negra Afoxé Ylê de Egbá, é um Doté de 36 anos de santo, filho de osossi, com a Roça na comunidade do Alto José do Pinho, uma casa abençoada pelo meu pai Osossi, venho de uma tradição de um povo que tinha uma resistencia afro-brasileira muito forte, da cultura afro-religiosa do povo Egbá ao povo de Ketu e Angola, tambem no Mahi através do pai Tata Raminho de Osossi, - é lokoassi e sem duvida nenhuma, militante da comunidade das casas de matriz africana, sem medo e sem vergonha de dizer que ama a sua Religião. Nasceu e se criou, no Candomblé, e, segunde ele, não saberia viver sem seu povo e sem seu orixá;



Asé meus irmãos que vivem como ele para o orixá, que olorun abençoe a nós todos



é a saudação de Dito







Dito D'Ossossi e seu grupo do Ylê de Egbá











tags: coletivismo, célula mater, ghuga távora, cyane pacheco, myrtes novaes.marília santos, dito d\'oxossi

enviada por: programaliberdadedeexpressaonatv em: 01:05 - 24/05
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Miguel Farias, Produtor e Apresentador do Programa Liberdade da Expressão, que vai ao ar diàriamente às 18:00 horas na TV Pernambuco. Neste programa será debatida a Vida do Circo e suas Linguagens.O circo é umas das mais antigas artes de espectáculos do mundo. Teve origem em povos nômades da Eurásia.



A história do Circo no Brasil começa no século XIX com famílias e companhias vindas da Europa, onde agruparam-se em guetos e manifestavam sentimentos diversos através de interpretações teatrais onde não demonstravam apenas interesses individuais e sim despertavam consciencia mútua. No Brasil, mesmo antes do circo de Astley, já haviam os ciganos que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação dos ciganos com o circo. Entre suas especialidades incluíam-se a doma de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos.Eles viajavam de cidade em cidade, e adaptavam seus espetáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa.



Existem muitos tipos de circo: circo de rua, circo tradicional, circo chinês, circo russo etc. O universo circense é na verdade um conjunto de diversas artes: malabarismo, palhaço, acrobacia, monociclo, adestramento de animais, equilibrismo, ilusionismo etc.



No Programa Liberdade de Expressão gravado dia 05 de maio de 2008, Miguel Farias recebeu personalidades circenses, para conversar sobre as diversas linguagens. Estavam presentes Armia Escobar, nossa querida Madre Escobar- Coordenadora do Arricirco- Ryan - mágico -, Gilberto Trindade - fundador do Circo da Trindade, artista e Gerente de Circo da Prefeitura da Cidade do Recife e Marcos Lima, também do Arricirco.








Aprendendo com o circo



Aprender sobre o circo e para o circo. Esse é o objetivo básico da Universidade Livre do Circo, que estará funcionando a partir de março de 2001. Com sede em Brasília, Rio de Janeiro ou Belo Horizonte (a cidade ainda não foi definida), a universidade terá quatro módulos itinerantes e desenvolverá programas, projetos e ações culturais com determinações pedagógicas.



Segundo o ator Marcos Frota, criador do Grande Circo Popular do Brasil - montado na capital desde a semana passada -, a universidade não será apenas uma escola de circo. O que norteia a sua fundação é, mais do que ensinar práticas circenses, preparar a criança carente para o mundo. Espero, na minha terceira idade, ver crianças que hoje encontram-se em situação de risco formadas pela Universidade do Circo, trabalhando e criando um mundo melhor para elas, diz o ator.



O projeto da Universidade Livre do Circo prevê um ensino prático, teórico e técnico do mundo do circo. A escola terá disciplinas como História do Homem e das Civilizações, História da Arte, Historia do Circo, Línguas, Ética, Ecologia e Espiritualidade. A prática será ensinada por meio de atividades lúdicas centradas no circo e nas suas expressões - que englobam teatro, dança, música, literatura, artes plásticas, artesanato e esportes. Além de artistas, a universidade também pretende formar mão-de-obra técnica. Operadores de som e de luz, montadores e pessoal de apoio são alguns exemplos.



O diretor artístico do Grande Circo Popular e mentor da Universidade Livre de Circo, Luís Maurício Carvalheira, ressalta que a universidade será um sistema aberto, popular e alternativo de educação. Ela funcionará por meio de intercâmbios e parcerias com entidades assistenciais que já têm programas similares - ou que desejam ter. Nós prestaremos serviços pedagógicos e sociais a essas entidades, explica. Boas escolas de circo podem ser encontradas em todo o país, não queremos ser apenas mais uma. O que a universidade busca é uma forma de usar a prática circense no crescimento integral da criança.



O módulo fixo funcionará como sede da universidade. Nele, segundo Luís Maurício, serão realizados projetos sociais e educacionais, estudos, pesquisas, seminários e intercâmbio entre instituições, do Brasil e do exterior. Os módulos intinerantes, por sua vez, atuarão como espaço para que os projetos pensados na sede da universidade sejam postos em prática. Priorizaremos experiências alternativas e novas formas de aprendizagem. Não há um currículo padrão. Os programas serão feitos conforme a necessidade da comunidade que requisitar o nosso apoio. Não existe rigidez acadêmica. No circo, o aluno será capacitado de acordo com o seu interesse, terá acompanhamento psico-pedagógico e assistência social. Mas continuará freqüentando a escola formal, diz ele.



No campo profissional, Marcos Frota garante que há espaço de sobra para quem trabalha com as artes. A indústria do entretenimento é a que mais cresce em todo o mundo. São muitos os circos e parques temáticos, por exemplo, que precisam desse tipo de profissional. Acredito que pessoas com formação artística serão absorvidas com maior facilidade por esse mercado em desenvolvimento.



A idéia de lançar uma universidade destinada ao ensino da arte circense surgiu em conversas informais, realizadas após algumas das tantas apresentações do Grande Circo Popular do Brasil pelo país afora. O circo ganhou fama e se solidificou, mas eu sentia que a sua longevidade não dependia apenas disso. Ele precisava ser mais do que apenas circo; precisava unir cultura e caridade. Precisava, antes de tudo, não olhar apenas para o próprio umbigo, conta Marcos Frota.



O embrião da universidade começou a pulsar há cinco anos, com a criação do Arraial Intercultural de Circo (Arricirco), organização não-governamental sediada em Recife (PE). Criado por iniciativa de Luís Maurício Carvalheira e de Armia Escobar, em parceria com o Grande Circo Popular, o Arricirco tem uma espécie de filial em Limeira (SP). O Arricirco é, em menor escala, o que será a Universidade Livre do Circo, diz Luís Maurício.



Para veicular os programas do Arricirco e da universidade foi fundado o Instituto Cultural e Assistencial São Francisco de Assis (Icasfa), em 1995. Com o objetivo de pensar o circo de forma sistemática - nos seus aspectos artísticos, sociais e educacionais -, o instituto formou equipes, reuniu artistas, educadores e agentes culturais e buscou parcerias para realizar projetos sociais.



(Correio Braziliense)



GILBERTO TRINDADE - Circo da TrindadeO Circo da Trindade é um núcleo de pesquisas e experimentações nas artes circenses e suas manifestações. Foi fundado em 2003, quando os atores Gilberto Trindade e Maria Luiza Lopes receberam um convite do professor Marco Camarotti para integrarem a equipe responsável pela pesquisa de campo em drama circense que resultaria na publicação do livro “O Palco no Picadeiro: na trilha do circo-teatro”, de autoria do próprio Camarotti.

No ato de sua formação o Circo da Trindade, contou com o apoio artístico da atriz Juliana Trindade. Atualmente, o núcleo conta com os atores Gilberto Trindade, Maria Luiza Lopes, Marcelo Oliveira, Júlia Fontes e Neto Portela, além de uma equipe responsável pela manutenção do equipamento e produção dos espetáculos.

A adoção de uma visão contemporânea sobre a arte do circo e a formação inicial dos participantes em teatro e dança fez com que o núcleo inserisse o estudo destas manifestações como um dos seus princípios. A completude daformação do artista e a consciência quanto à sutileza das arestas divisórias entre formas de arte como o circo, o teatro, a dança e a música representamum dos princípios norteadores do trabalho do grupo. A concretização dessas reflexões do núcleo sobre as artes cênicas se efetivou em 2005, através da montagem do espetáculo Reprisódias que se constitui da encenação de várias reprises circenses – esquetes cômicas tradicionalmente apresentadas pelos palhaços em circo. Este espetáculo estreou no 15º Festival de Inverno de Garanhuns e deve cumprir temporada ainda este ano em Recife.

Além da vertente artística, o Circo da Trindade também desenvolve estudos na área da arte-educação, pois parte de seus integrantes encontram-se em formação pelo Curso de Licenciatura em Artes Cênicas da Universidade Federal de Pernambuco.

A sede do Circo da Trindade se localiza na Estrada de Aldeia, km 12, rua da Telebrás, Condomínio Recanto de Aldeia. O espaço é um local reservado a apresentações artísticas e culturais e está aberto a visitações com agendamento prévio.



Marcos Lima, braço direito e esquerdo de Madre Escobar no Arricirco





Ryan é Mágico ... , um Ilusionista, um cara que transforma coisas, dando a quase certeza de que alguma coisa aconteceu e nós, meros espectadores, não sabemos como. Aí sempre saímos das apresentações nos perguntando o que é Mágica?



Ilusionismo é a arte de entreter uma audiência criando ilusões que confundem e surpreendem, geralmente por darem a impressão de que algo impossível aconteceu, como se o mágico tivesse poderes sobrenaturais. No entanto, esta ilusão da magia é criada totalmente por meios naturais. Os praticantes desta actividade designam-se mágicos ou ilusionistas.

Um dos mais famosos praticantes desta arte foi Houdini, o "Rei das Fugas", que morreu devido à subita intervenção de um espectador num dos seus espectáculos. O mágico afirmava que poderia levar um forte soco no estômago e não sentiria dor, porém o espectador (que era um boxeador) socou-o antes que Harry Houdini estivesse preparado para a acção. Isso ocasionou um problema interno e o mágico foi internado no mesmo dia, mas acabou por falecer.

A arte mágica também é chamada de prestidigitação, pois é baseada fundamentalmente na presteza dos dedos do mágico em manipular os equipamentos e acessórios usados nos truques.



Madre Escobar, uma guerreira na defesa do Circo, falou da importância que na Europa se dá aos artistas circenses











Mais um livro levado por Madre Escobar sobre as Artes Circenses







Miguel e Madre Escobar







O sorriso de uma mulher vitoriosa, que acredita na vida e no Circo, como forma de transformação social radical, desde que sejam dadas as oportunidades que são dadas às demais artes como teatro, cinema, tv, pintura, escultura.







Marcos Antonio e Buga



Filipe e na bancada Ryan, Madre Escobar e Miguel farias

Maristela Farias, ´também fotógrafa amadora do programa Liberdade de Expressão





Aêeeeeeeee Lula! Botando prá rachar na direção do Liberdade





tags: circo, cidadania, liberdade de expressão, madre escobar, marcos lima, arricirco, migual farias, gilberto trindade, circo da trindade, mágico ryan

enviada por: programaliberdadedeexpressaonatv em: 16:40 - 18/05
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OS DESAFIOS PARA O FORTALECIMENTO DA CULTURA POPULAR

Nesta segundafeira, dia 15 de outubro de 2007, na TV Nova Canal 22 -Cabo Mais Canal 20 e NET 45 ou 58, Miguel Farias abordou, no Programa Liberdade de Expressão, o tema: OS DESAFIOS PARA O FORTALECIMENTO DA CULTURA POPULAR, com os seguintes convidados:



Daniela Bastos - Coordenadora Geral e Altamiza Melo - da Coordenadoria de Projetos da ONG Terreiro da Tradição, que tem como objetivos a valorização, incentivo, pesquisa, documentação, divulgação do patrimônio imaterial pernambucano e brasileiro com ênfase nas culturas tradicionais (músicas, danças, hábitos, rezas, crenças); associar pesquisadores, folcloristas, músicos, jornalistas, antropólogos, artistas e demais pessoas interessadas nas culturas tradicionais; promover intercâmbio do patrimônio imaterial pernambucano e brasileiro com o conhecimento sistematizado e acadêmico entre as universidades e demais instituições congêneres; dar assistência aios mestres, artistas, artesãos, grupos culturais, agremiações carnavalescas; produção de CDs, publicações, vídeos, DVDs, cursos, seminários e serviços afins, objeticando capacitação e aprimoramento científico e cultural; consultoria técnica.



Contato: terreirodatraição@gmail.com



Sumaya Vieira - Estudiosa das tradições populares, antropóloga, professora da Universidade Federal de Pernambuco, coordenadora do programa Culturas Tradicionais / Instituto Nômades autora do livro A CAMBINDA DO CUMBE, que "exibe um raro e intenso cenário erguido a partir da intimidade tramada entre os exuberantes textos de Sumaia e as falas dos folgazões". "O livro pede licença "aos mestres e caboclos da Jurema protetores do maracatu, aos padrinhos e madrinhas espirituais da brincadeira, aos folgazões que, fantasiados, brincam por obrigação. É como se fosse uma promessa". LEIAM!!!!!!!!!!! VEJAM!!!!!!!!!! SINTAM !!!!!!!!!!... O LENGO, TENGOLENGO, LENGOTENGO..."



Brucutu - comunicador popular e produtor cultural. Presidente do Centro Cultural Viva Arte, que trabalha na cidade de Olinda, com as manifestações populares da cidade, produção de eventos, agenciamento de artistas populares, produção de CDs, projetos culturais, cantor da banda Embarcasom (de frevo), idealizador de caravana cultural dentro do sistema penitenciário, I intercambio cultural Pernambuco/Bahia.



NOSSA ATRAÇÃO NO PROGRAMA FOI O CLEYTON SANTANA, QUE COM O TONEL E O EUDINHO MARCARAM PRESENÇA!






Eu sou aquele menino

Cientista maluco, do Alto do Cajueiro

de Nova Descoberta, Imbaúba, Alto do Cruzeiro.

Eu sou aquele menino, do Alto da Esperança

sem conta no banco não tenho poupança

matuto, Brasileiro, Pernambucano

sou meio africano, vim em um navio negreiro

sou aquele menino que nasceu

no berço da Barros Lima numa aquarela

no bairro tão talentoso em Casa Amarela.

Hoje moro em Santana

sou de Casa Forte

vizinho de Ariano Suassuna

no Poço da Panela.



mas nós que o conhecemos, afirmamos que ele é um dos grandes artistas deste Estado, que ainda mantém um trabalho social na sua comunidade, com adolescentes do Poço da Panela, e voce pode baixar o disco completo em mp3 no blog:






e comprar também CD's e contactá-lo pelo telefone 081 8776 7885.



Comentários sobre o assunto



Em 2004, o Secretário de Identidade e Diversidade Cultural, Sérgio Mamberti, disse que "não pode haver expressões culturais ou trabalhadores da cultura de segunda classe, ou classificar as expressões culturais como artísticas e folclóricas"...."A proteção e a promoção da diversidade dos conteúdos e expressões culturais são elementos estratégicos de construção da ordem democrática e estão entre os deveres básicos dos governos e Estados nacionais. Cada sociedade, grupo social ou indivíduo tem um conjunto de expressões singulares, que refletem um modo de viver próprio e um sistema de valores, através dos quais se constroem as diversas identidades. Elas, por sua vez, podem se reconhecerem e se respeitarem através do diálogo e dos intercâmbios.

Ao longo da história, a exclusão dos segmentos populares das políticas públicas de nosso país, bem como a segregação social e racial, têm sido fatores determinantes na desvalorização de sua produção cultural. Daí a urgência na discussão e construção de uma política nacional envolvendo os interessados - sociedade civil e gestores estatais - a partir de um amplo debate por todo o país, que deve levar em conta os contextos locais de decisão. Garantir as condições de criar, difundir e fruir as expressões das Culturas Populares, bem como o acesso à educação e formação de qualidade que respeite a nossa diversidade cultural são direitos e elementos fundamentais para um projeto de desenvolvimento nacional".(Sérgio Mamberti)



Em 31 de março de 2005, o Ministro da Cultura, Gilberto Gil, afirmou em discurso, que "O Estado tem um papel vital no fortalecimento da economia da cultura, seja no levantamento do potencial, seja no planejamento das ações, na articulação dos agentes econômicos e criativos, na mobilização da energia social disponível, no fomento direto, na regulação das relações entre agentes econômicos, na mediação dos interesses dos agentes econômicos e dos interesses da sociedade, assim como na fiscalização das atividades. É um papel múltiplo, que exige vontade política, qualificação institucional e recursos.



Não se trata de reabilitar o Estado produtor de cultura, ou o Estado dirigista. Ao contrário. Parte-se do princípio de que o Estado pode e deve estimular um ambiente favorável ao desenvolvimento de empresas e criadores, para que o mercado possa ampliar-se e realizar seu potencial, não apenas de auto-sustentabilidade, mas de ganhos sociais (emprego, renda, inclusão ao consumo de bens culturais).



O Ministério da Cultura, tem insistido na abordagem das conexões entre cultura e desenvolvimento e na necessidade de ampliar seu papel, somando às políticas tipicamente compensatórias aquelas capazes de diagnosticar e estimular o mercado, ou seja, as empresas e os empreendedores brasileiros que atuam no setor cultural. Trata-se de uma abordagem mais abrangente e integrada." (Ministro Gilberto Gil



O Ministério da Cultura tem o enorme desafio de formular e implementar políticas públicas para um dos campos de atuação indubitavelmente mais fascinantes, complexos e, por outro lado, marcado pela falta de tradição no desenvolvimento das mesmas. A gestão do Ministro Gilberto Gil assumiu este desafio como parte do seu entendimento de que é indispensável para o fortalecimento do setor cultural brasileiro que a ação pública do Estado neste campo seja feita com base em políticas públicas coerentes e consistentes, formuladas e implementadas de modo democrático.



A complexidade do campo cultural é notável. São inúmeras as linguagens e suportes de expressão a serem contemplados: teatro, música, dança, cinema, comunicação de massa, artes plásticas, fotografia, escultura, artesanato, livros, patrimônio cultural (material e imaterial), circo, museus etc., cada um com a sua complexidade e especificidade a ser considerada. Uma política abrangente também deve considerar as dimensões transversais a estas linguagens e suportes: deve pensar em termos de políticas de capacitação profissional, criação, produção, circulação e financiamento da cultura. Temos também diferentes públicos ou segmentos culturais que devem ser enfocados pelas políticas públicas de cultura: povos indígenas e afro-descendentes, juventude, portadores de necessidades especiais, comunidades marginalizadas das grandes cidades e para as comunidades GLBT.



É indispensável, portanto, que concebamos e implementemos políticas para o setor cultural em termos de premissas e diretrizes políticas que dêem coerência e consistência ao conjunto de instrumentos institucionais pelos quais se dá a ação pública do Estado - tais como programas, projetos, editais, leis, decretos e portarias, dentre outros, e que são as formas concretas como as políticas públicas são implementadas.



Todas estas ações convergem no sentido de dotar o Brasil de instituições sólidas e democráticas na promoção da ação cultural e artística. E nesse cenário, o Estado brasileiro tem uma missão intransferível de protagonismo na articulação e fortalecimento do que a sociedade brasileira projeta, compõe, filma, modela e produz no setor cultural.



Neste contínuo processo de transformação da cena cultural brasileira, partimos da premissa de que o processo de formulação e de implementação de políticas públicas deve ser o mais democrático possível. Sem isso, as políticas perdem um componente relevante de sua legitimidade diante da sociedade. As Câmaras Setoriais e os diferentes Conselhos existentes e em consolidação no âmbito da ação do MinC dão expressão prática a esta premissa



A segunda diretriz política com que trabalhamos é que o Estado tem uma série de responsabilidades intransferíveis no campo cultural brasileiro. Operando uma concepção menos ideologizada e mais pragmática das atribuições do Estado nacional no contexto contemporâneo, é possível indicar ao menos dez frentes relevantes para a ação do setor público no campo cultural.



A terceira diretriz fundamental com que operamos é a de que a cultura é um componente central da estratégia de desenvolvimento efetivamente sustentável do Brasil. Desde a posse do Ministro Gil, o Ministério da Cultura tem empreendido um esforço consistente para deslocar a cultura para o centro da agenda política, econômica e social do país, consolidando-a como uma dimensão crucial e indispensável do desenvolvimento econômico e social que tanto almejamos. Trata- se de retirar a cultura do papel de subalternidade a que havia sido relegada pelos governos antecessores



Partimos também de uma concepção ampliada da cultura, em que são identificadas dez frentes de ação do Estado no campo cultural:



1.Promover o reconhecimento da diversidade cultural, no Brasil e no mundo, e garantir a livre expressão dessas manifestações;



2.Promover e assegurar condições de justiça social, tendo em mente a cultura como um direito fundamental para a plena constituição da cidadania;



3.Promover as condições de estímulo e fomento às atividades culturais;



4.Garantir e fiscalizar o cumprimento de contratos e de preceitos legais no âmbito da cultura;



5.Promover arranjos institucionais e de mecanismos de regulação econômica adequados ao pleno desenvolvimento das atividades culturais;



6.Promover a salvaguarda e proteção do patrimônio cultural (material e imaterial) brasileiro;



7.Representar internacionalmente o país nas instâncias de negociação internacional;



8.Promover a integração da cultura com a educação com vistas ao aperfeiçoamento qualitativo do sistema de educação do país;



9.Contribuir para a democratização da sociedade por meio de diálogo e deliberação democrática; e



10. Construir mecanismos transparentes de ação e informação do setor cultural.





Em 2007 durante o lançamento do Programa Mais Cultura, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o país nunca contou com uma ação planejada e organizada na área cultural.



"Sou cúmplice na vontade de fazer esse programa. O Brasil, lamentavelmente, nunca teve uma política cultural. Tinha ações de ministros que atendiam determinados públicos, às vezes, muito seletivos", afirmou.



A importância do envolvimento de todos os cidadãos para o sucesso dessa iniciativa também foi lembrado pelo presidente. "A política cultural do país não é mais apenas responsabilidade do Ministério da Cultura, é responsabilidade do presidente da República e dos 190 milhões de brasileiros que ajudaram a construí-la", completou.



O Programa Mais Cultura foi lançado dia 04 de outubro, tem como meta a ampliação dos números de pontos de cultura, locais onde o governo incentiva expressões culturais da comunidade. A expectativa é chegar ao número de 20 mil pontos de cultura até 2010.



A previsão de investimento é de R$ 4,7 bilhões. Para o presidente Lula, o montante ainda pode aumentar por conta das emendas parlamentares. "O ministério pode arrancar até R$ 1 bilhão a mais nas emendas parlamentares", disse.



O presidente pediu ainda que a sociedade cobre do governo a execução do Mais Cultura. "Não permitam que nós não cumpramos esse programa".





Muitas manifestações artístico-culturais nacionalmente destacadas são originárias de Pernambuco e esta cultura popular pernambucana não corre o risco de desaparecer. Muitos dos nossos artistas têm se inserido nos circuitos internacionais e desenvolvem formas de expressão vanguardistas, consolidando a cultura popular como geração de renda e de emprego.



Considerada como atividade econômica, a cultura se refere à produção de bens e serviços que refletem valores e costumes característicos de um povo, provocam o prazer estético e difundem informações. A indústria cultural é o conjunto de pessoas, instituições e empresas que, juntas, produzem a cultura enquanto bem ou serviço econômico. Fazem parte desta indústria os meios de comunicação de massa (imprensa, radio, televisão, multimídias) e os produtores diretos ou indiretos de livros, teatro, cinema, música, espetáculos em geral, artesanato, design, moda, arquitetura, esportes, instrumentos musicais, equipamentos esportivos e turismo cultural.A indústria cultural utiliza intensivamente o trabalho e o conhecimento especializado; ela cria empregos e gera riqueza, estimulando o exercício da criatividade. As artes cênicas, os espetáculos, a literatura, o artesanato, a difusão de informações, todos produtos da indústria cultural, contribuem para a manutenção das tradições de um povo e para o exercício da cidadania. No mundo, especialmente a partir da década de 1990, a indústria cultural tem crescido exponencialmente, tanto em número de pessoas nela ocupadas quanto em relação ao produto interno bruto do conjunto de países

Em Pernambuco, foram originadas manifestações culturais populares como o frevo e o maracatu, que se mantém vivas. Nos campos da música, do artesanato, da dança, da literatura de cordel, o Estado registra intensa atividade, destacando-se no País. Movimentos artísticos de vanguarda, como o Mangue Beat, foram criados em Pernambuco. A grande questão é transformar todo este potencial em atividades econômicas pujantes, capazes de contribuir para o desenvolvimento do Estado.



O Estado de Pernambuco é uma das principais referências da diversidade que caracteriza a cultura nacional. Trata-se de uma vocação explicada pela mistura entre o barroco português e o misticismo religioso de origem africana. Desse contexto, nascem os diversos ritmos e as variadas manifestações da cultura pernambucana, destacando-se o frevo, o maracatu, os caboclinhos, o coco de roda, o bumba-meu-boi, o cavalo marinho, os afoxés e tantos outros. Dentro dessa diversidade de ritmos e manifestações que possuem a música como pano de fundo, não se pode deixar de registrar a força adquirida ao longo do tempo em áreas como as artes plásticas, as artes cênicas, o audiovisual, o patrimônio histórico-artístico e os grandes eventos multiculturais





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enviada por: programaliberdadedeexpressaonatv em: 01:25 - 19/10
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FOTOGRAFIA NO COTIDIANO E NA VIDA

NO PROGRAMA LIBERDADE DE EXPRESSÃO DO DIA 07 DE AGOSTO DE 2007, APRESENTADO POR MIGUEL FARIAS, FOI CONVERSADO SOBRE A II MOSTRA DE FOTOGRAFIA DO RECIFE, COM PARCERIA DA PREFEITURA DO RECIFE, NUMA EXPOSIÇÃO QUE TOMA CONTA DE VÁRIOS ESPAÇOS DA CIDADE ENTRE OS DIAS 26 DE AGOSTO E 1o. DE SETEMBRO, COLOCANDO A FOTOGRAFIA COMO FORMA DE EXPRESSÃO ARTISTICA PARA O PÚBLICO RECIFENSE. A MOSTRA AINDA TEM POR OBJETIVO DAR VISIBILIDADE À PRODUÇÃO LOCAL E NACIONAL DA FOTOGRAFIA NAS SUAS DIVERSAS LINGUAGENS.



CONVIDADOS:JOSIVAN RODRIGUES - COORDENADOR DA II MOSTRA DE FOTOGRAFIA DO RECIFE



MATEUS SÁ - FOTÓGRAFO E RESPONSÁVEL PELA GERÊNCIA DE FOTOGRAFIA DA PREFEITURA DO RECIFE



LUIZ SANTOS - OFICINEIRO DA II MOSTRA DE FOTOGRAFIA DO RECIFE



"> MIGUEL FARIAS, LUIZ SÁNTOS, MATEUS SÁ E JOSIVAN RODRIGUES

MIGUEL, LUIZ, MATEUS E JOSIVAN

LUIZ SANTOS, FOTÓGRAFO E OFICINEIRO DA II MOSTRA DE FOTOGRAFIA DO RECIFE







MATEUS SÁ, FOTÓGRAFO E RESPONSÁVEL PELA GERÊNCIA DE FOTOGRAFIA DA PREFEITURA DE RECIFE

JOSIVAN RODRIGUES, COORDENADOR DA II MOSTRA DE FOTOGRAFIA DO RECIFE

MIGUEL E CONVIDADOS DA II MOSTRA DE FOTOGRAFIA DO RECIFE

NOSSO CÂMERA TUPY








A história da fotografia pode ser contada a partir das experiências executadas por químicos e alquimistas desde a mais remota antiguidade. Já em torno de 350 a.C., aproximadamente na época em que viveu Aristóteles na Grécia antiga, já se conhecia o fenômeno da produção de imagens pela passagem da luz através de um pequeno orifício. Alhazen em torno do século X, descreveu um método de observação dos eclipses solares através da utilização de uma câmara escura. A câmara escura na época, consistia de um quarto com um pequeno orifício aberto para o exterior.

Em 1525 já se conhecia o escurecimento dos sais de prata, no ano de 1604 o físico-químico italiano Ângelo Sala estudou o escurecimento de alguns compostos de prata pela exposição à luz do Sol. Até então, se conhecia o processo de escurecimento e de formação da imagens efêmeras sobre uma película dos referidos sais, porém havia o problema da interrupção do processo. Em 1725, Johann Henrich Schulze, professor de medicina na Universidade de Aldorf, na Alemanha, conseguiu uma projeção e uma imagem com uma duração de tempo maior, porém não conseguiu detectar o porquê do aumento do tempo. Continuando suas experiências, Schulze colocou à exposição da luz do sol um frasco contendo nitrato de prata, examinando-o algum tempo depois, percebeu que a parte da solução atingida pela luz solar tornou-se de coloração violeta escura. Notou também, que o restante da mistura continuava com a cor esbranquiçada original. Sacudindo a garrafa, observou o desaparecimento do violeta. Continuando, colocou papel carbono no frasco e o expôs ao sol, depois de certo tempo, ao remover os carbonos, observou delineados pelos sedimentos escurecidos padrões esbranquiçados, que eram as silhuetas em negativo das tiras opacas do papel. Schulze estava em dúvida se a alteração era devida à luz do sol, ou ao calor. Para confirmar se era pelo calor, refez a mesma experiência dentro de um forno, percebendo que não houve alteração. Concluiu então, que era a presença da luz que provocava a mudança. Continuando suas experiências, acabou por constatar que a luz de seu quarto era suficientemente forte para escurecer as silhuetas no mesmo tom dos sedimentos que as delineavam.O químico suíço Carl Wilhelm Scheele, em 1777, também comprovou o enegrecimento dos sais devida à ação da luz.

Thomas Wedgwood realizou no início do século XIX experimentos semelhantes. Colocou expostos à luz do sol algumas folhas de árvores e asas de insetos sobre papel e couro branco sensibilizados com prata. Conseguiu silhuetas em negativo e tentou de diversas maneiras torná-las permanentes. Porém, não tinha como interromper o processo, e a luz continuava a enegrecer as imagens.

Schulze, Scheele, e Wedgewood descobriram o processo onde os átomos de prata possuem a propriedade de possibilitar a formação de compostos e cristais que reagem de forma delicada e controlável à energia das ondas de luz. Porém, o francês Joseph-Nicéphore? Niépce o fisionotraço e a litografia. Em 1817, obteve imagens com cloreto de prata sobre papel. Em 1822, conseguiu fixar uma imagem pouco contrastada sobre uma placa metálica, utilizando nas partes claras betume-da-judéia, este fica insolúvel sob a ação da luz, e as sombras na base metálica. A primeira fotografia conseguida no mundo foi tirada no verão de 1826, da janela da casa de Niepce, encontra-se preservada até hoje. Esta descoberta se deu quando o francês pesquisava um método automático para copiar desenho e traço nas pedras de litografia. Ele sabia que alguns tipos de asfalto entre eles o betume da judéia endurecem quando expostos à luz. Para realizar seu experimento, dissolveu em óleo de lavanda o asfalto, cobrindo com esta mistura uma placa de peltre (liga de antimônio, estanho, cobre e chumbo). Colocou em cima da superfície preparada uma ilustração a traço banhada em óleo com a finalidade de ficar translúcida. Expôs ao sol este endureceu o asfalto em todas as áreas transparentes do desenho que permitiram à luz atingir a chapa, porém nas partes protegidas, o revestimento continuou solúvel. Niépce lavou a chapa com óleo de lavanda removendo o betume. Depois imergiu a chapa em ácido, este penetrou nas áreas em que o betume foi removido e as corroeu. Formando desta forma uma imagem que poderia ser usada para reprodução de outras cópias.

Niepce e Louis-Jacques? Mandé Daguerre iniciaram suas pesquisas em 1829. Dez anos depois, foi lançado o processo chamado daguerreótipo.

Este consistia numa placa de cobre polida e prateada, exposta em vapores de iodo, desta maneira, formava uma camada de iodeto de prata sobre si. Quando numa câmara escura e exposta à luz, a placa era revelada em vapor de mercúrio aquecido, este aderia onde havia a incidência da luz mostrando as imagens. Estas, eram fixadas por uma solução de tiossulfato de sódio. O daguerreótipo não permitia cópias, apesar disso, o sistema de Daguerre se difundiu. Inicialmente muito longos, os tempos de exposição encurtaram devido às pesquisas de Friedrich Voigtländer e John F. Goddard em 1840, estes criaram lentes com abertura maior e ressensibilizavam a placa com bromo.

William Henry Fox Talbot lançou, em 1841, o calótipo, processo mais eficiente de fixar imagens. O papel impregnado de iodeto de prata era exposto à luz numa câmara escura, a imagem era revelada com ácido gálico e fixada com tiossulfato de sódio. Resultando num negativo, que era impregnado de óleo até tornar-se transparente. O positivo se fazia por contato com papel sensibilizado, processo utilizado até os dias de hoje.

O calótipo foi a primeira fase na linha de desenvolvimento da fotografia moderna, o daguerreótipo conduziria à fotogravura, processo utilizado para reprodução de fotografias em revistas e jornais.

Frederick Scott Archer inventou em 1851 a emulsão de colódio úmida. Era uma solução de piroxilina em éter e álcool, adicionava um iodeto solúvel, com certa quantidade de brometo, e cobria uma placa de vidro com o preparado. Na câmara escura, o colódio iodizado, imerso em banho de prata, formava iodeto de prata com excesso de nitrato. Ainda úmida, a placa era exposta à luz na câmara, revelada por imersão em pirogalol com ácido acético e fixada com tiossulfato de sódio. Em 1864, o processo foi aperfeiçoado e passou-se a produzir uma emulsão seca de brometo de prata em colódio. Em 1871, Richard Leach Maddox fabricou as primeiras placas secas com gelatina em lugar de colódio. Em 1874, as emulsões passaram a ser lavadas em água corrente, para eliminar sais residuais e preservar as placas

Transmissão dos jogos via satélite

Para a transmissão dos jogos da CAN’ Angola 2010, que arranca este domingo (10), a administração da Radiotelevisão Cabo-verdiana (RTC) conseguiu um preço substancialmente menor do que o valor inicialmente proposto pela FNEX, empresa estabelecida em Paris e detentora dos direitos de transmissão.
















Assim, os cabo-verdianos podem assistir ao acto inaugural e a todos os jogos após o fecho bem sucedido de negociações difíceis entre a RTC e a FNEX.














Entretanto, o director da Televisão de Cabo Verde recusa-se a avançar, por quanto ficou a operação, Álvaro Ludjero Andrade apenas dá como "um grande avanço o valor a pagar pela RTC, de longe inferior as exigências iniciais da proprietária dos direitos de transmissão, a FNEX".














Contrariamente ao que se possa especular, o director da TCV garante que "desde há meses vem sendo negociada a transmissão dos jogos da CAN. Aliás, a ideia inicial da Televisão de Cabo Verde, era ter uma equipa em Angola".














Gorada esta pretensão, vai receber as imagens via satélite, e os comentários aos jogos vão ser feitos por profissionais da casa. Os serviços comerciais da RTC são também chamados à operação uma que Álvaro Ludjero Andrade crê que a audiência da CAN em Cabo Verde desperte o interesse das empresas para a publicitação de marcas e marcas.














Estudos de audimetria mostram que os eventos desportivos têm grande audiência, particularmente o futebol. A TCV garante desde já a transmissão dos jogos do Mundial da Africa do Sul, tendo contado com a parceria da URTNA – União de Rádio e Televisões Africanas, com a qual ambiciona um relacionamento mais próximo”, anunciou Andrade.














A Copa de África das Nações arranca este domingo com a anfitriã Angola a receber o Mali. A transmissão dos jogos pela TCV altera a programação da estação que durante a CAN’ 2010, passa a emitir a partir das 15 horas.














O director da Televisão de Cabo Verde recorda que "operações do género são onerosas e a RTC nem sempre tem os recursos financeiros para pagar os direitos de transmissão.














No caso da CAN várias estações tiveram que renegociar com a proprietária dos direitos, cujas propostas iniciais foram consideradas exorbitantes, longe da capacidade financeira e da audiência das estações africanas de televisão”, argumentou Álvaro Ludjero Andrade.

Religião

O tráfico de escravizados africanos ao Brasil fez com que homens, mulheres e crianças, pertencentes a reinos, nações, clãs, linhagens, aliados e inimigos, caçadores, sacerdotes, guerreiros, príncipes e princesas, mães e pais de famílias se encontrassem e redimensionassem as suas tradições culturais, sociais, familiares e religiosas. Essa era a única maneira de confrontar a opressão religiosa católica que se fez acompanhar não apenas dos grilhões de ferro que aprisionavam os corpos dos negros, mas também do "aspergir" da água benta, do nome novo marcado a ferro em brasa nas regiões corporais, onde a carne não fosse comprometida e perdesse seu valor de compra e venda de mercadoria e ainda na permissividade e omissão diante dos desmandos e das ações dos senhores (algozes) cristãos no novo mundo.




Religião, catequese e escravidão andavam juntas desde os embarques nos navios negreiros, quando eram batizados, até nos troncos, quando os africanos e seus descendentes, que nem eram vistos como humanos, aos olhos da teologia da época, eram levados sem que houvesse, por parte da igreja nenhuma manifestação contra aquela situação desumana.



Todos os valores que os africanos traziam, fossem religiosos ou culturais eram banidos ou rotulados como coisas do demônio, magia pagã ou feitiçaria.



Mas, por muitos meios e artifícios os africanos e seus descendentes se apropriaram dos valores dos seus escravizadores ou usaram sua estrutura para se organizarem em irmandades, onde o branco cristão europeu não participava, como é o exemplo da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e da Boa Morte. Estas irmandades funcionavam até como agremiação para angariar fundos para pagar a alforria de seus “irmãos”, além de servir de um intercâmbio de africanos, e das suas tradições culturais, lingüística e religiosas, sendo um dos primeiros berços para a resistência e para a manutenção das crenças dos seus antepassados africanos na terra que tinha lhe recebido com o chicote na mão.



A religião nativa dos africanos foi interpretada à luz da teologia católica que se considerava superior, deferindo títulos de pagãs, idólatras, satânicas,animistas e politeístas, gerando, senão no africano que aqui chegava, que tinha o conhecimento de seus antepassados, mas a partir de seus descendente uma inferiorização da fé e crença trazidas na alma de seus pais.



Na maioria dos casos, na África, o culto tinha um caráter familiar e era exclusivo de uma linhagem, clã ou grupo de sacerdotes. As divindades iorubás eram cultuadas em suas cidades: Xangô, em Oió; Oxossi, em Ketu; Oxum, em Ipondá, e assim por diante. Bem como divindades de origen Bantu como Nzazi, Mutakalambô, Ndandalunda eram cultuadas por grupos próprios, embora os bantu tivessem uma idéia de transcendência de seus cultos e buscasse esta ou aquela divindade como intermediária entre ele e Nzambi Mpungu (Deus Todo Poderoso), de acordo com a situação real e a área de atuação de cada energia.



Com a vinda ao Brasil e a separação ardilosa das famílias, das nações, das etnias, essa estrutura religiosa não pode se repetir e se fragmentou. Mas os negros criaram uma unidade nesta diversidade e pluralidade e puderam partilhar e comungar os cultos e os conhecimentos diferentes em relação aos segredos rituais de sua religião e cultura. E desta nova maneira de ser e viver, aberta a todos, surgiu a forma acabada do que se chama hoje candomblé.



O vernáculo Candomblé, não mantém sob sua sombra uma unicidade e sim uma diversidade religiosa e cultural, que talvez até hoje não tenhamos a verdadeira dimensão de sua abrangência, em termos de origem étnica, clã, reinos, povos e organizações sociais e religiosas africanas que foram trazidas para o Brasil.



Reúne, sob o mesmo título a idéia genérica para os diversos troncos religiosos na experiência dos muitos povos trazidos do continente africano para as terras brasileiras. Na sua etimologia advém do étimo bantu ndombele para a variação kandombele, e, portanto, vem a denotar um equivalente próximo ao verbo “adorar” “falar” (existem outras interpretações para o termo, mas preferimos esta).



Os aqui chegados, vindo da longínqua terra dos seus antepassados e submetidos ao regime de escravatura de produção comercial de bens e riquezas, não tiveram tempo de trazer seus objetos rituais e sagrados, visto terem sido forçados a abandonar seu espaço de origem, além de muitos povos terem perdido o vínculo com os seus sacerdotes. Porém, não houve como impedir que transportassem suas crenças, cultos, ritos, mitos e cosmogonias em suas almas, fazendo retumbar em seus corações o som dos ngomas/atabaques ancestrais de seus povos.



Então, como antes tinha se organizado sob o manto das irmandades cristãs, agora, no momento próprio se irmanam sob o manto da nova identidade, que viria a ser conhecida como Candomblé.



Os africanos de maioria bantu (durante os dois primeiros séculos do tráfico dos negros), largamente assentados na região nordeste do Brasil (Alagoas, Pernambuco, Maranhão), no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, utilizados na lavoura e pastoreio, pois já na África eram grandes criadores e cultivadores do solo, além de serem mestres na fundição de metais, influenciaram em todas as áreas a cultura do país nascente, que nascia sob o fertilizado solo regado pelo suor da pele negra, e sob a riqueza gerada pelos músculos africanos. Alguns historiadores defendem que os africanos que desembarcaram na Bahia eram da África sudanesa (Yorubás, dahomeanos, malês...), e que em muitas lutas de resistência se refugiavam em quilombos baianos. O que se tem certeza é que os primeiros a chegarem por aqui, quando a escravidão era mais desumana, foram os bantu.



Na religião não foi diferente. Influenciaram e foram influenciados. Ou conscientes, ou por aproximação de cultos e tradições, ou por necessidade de recriar seu universo mítico, se amalgamaram às novas experiências e resistiram aos valores religiosos dos escravizadores.



A própria concepção de Nzambi ou Nzambi-Mpungo para os bantu, a quem se chama, no Ocidente, Deus – Nzambi: o que fala; Nzambi-Mpungo (ou ainda Zambiapungo):



aquele que, por excelência, fala (Mpungu é uma ave que voa muito alto, fornecendo, deste modo, a derivação semântica de “maior”, “eminente”, “excelente”) Os bantos (bantu) são povos que habitam a África do Sul Equatorial. Falam dialetos diferentes (a língua é igual) e pertencem a etnias diferentes. Cerca de 274 dialetos e línguas são falados. A influência dos bantos invadiu a cultura brasileira, trazendo sua mitologia, culinária, religião além de elementos folclóricos como a congada, recordando a rainha Ginga de Angola; o maracatu de Cambinda Velha; a capoeira e o primitivo samba (semba).



Claro que muitas coisa tidas hoje como folclóricas, são na verdade uma tentativa de reformular nas novas terras uma dinastia desfeita pela escravização como é o caso da formação da corte do Congo (congadas).



Hoje o candomblé abriga em suas lides várias tradições religiosas conhecidas como Nações.



A nação Ketu, que tomou o nome de um dos povos yorubanos, onde a familia Arô reinava, quando da escravização e do tráfico para o Brasil, e que cultua Orixás de várias origens daquele povo, além de diversas divindade de povos que eram seus vizinhos na África e se influenciaram mutuamente tanto na sua terra natal, quando na diáspora. De forte expressão na Bahia e em Pernambuco, através do Xangô do Recife, uma variação religiosa correspondente ao candomblé.



A Naçaõ Jêje, que tomou o nome de um “apelido” que lhe era dado pelos yorubanos. São de origem Ewe Fon, de povos do antigo Daomé, que cultua Voduns, além de divindades comuns com a nação ketu. Teve sua grande expressão na Bahia, através de casas antigas e no Maranhão através do Tambor de Mina, uma organização religiosa corresponde ao candomblé.



A nação chamada Candomblé de Caboclo, que se originou do intercâmbio de ritos fundamentalmente de origem bantu com os ritos e mitos dos nativos brasileiros.



Nação hoje quase extinta, devido ao forte movimento de re-africanização que as religiões afro-brasileiras sofreram a partir da década de 80.



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Entre os grupos que se identificam nas “Nações” acima, temos as variantes que trafegam entre uma e outra, como, por exemplo, os que se identificam como “Nagô-Vodum”.



E a nação Angola/Angola-Congo ou Muxicongo, que tem como base lingüística o kimbundo e cultua Nkisi/Mukixi. Esta com seus ritos fundamentados nas tradições e cosmogonias mantidas a duras penas pelos antepassados bantu, vindos de muitos povos distintos como ngola, cambinda, lunda, makuá, kassange, essange, munjolo, rebolo, angico, e povos menores originários da contra-costa, além, é claro, da influencia de outros povos africanos, como os yorubás e ewe fom, formando assim tradições diferente, dentro do prórpio grupo conhecido como Candomblé de Angola, como Tumba Nsi, Tumba Junsara. Bate-Folha, Angolão, Angola Paketá, Kassange, Angola da Mariquinha e Goméia (que apesar de forte influencia yorubana, se identificava como angoleiro e seu fundador, o Sr. Joazinho da Goméia, foi considerado por muitos como o Rei do Candomblé no Rio de Janeiro).



Ainda temos o Omolocô, uma tradição afro-brasileira antiga e respeitada, que em muitas casas está mais próximo das tradições yorubanas/daomeanas e em outras das tradições de origem bantu



Devemos entender estas “nações” em momentos históricos próprios e que todas se influenciaram entre si. Em alguns lugares, como no Maranhão, temos casas que foram fundadas por africanas canbindas e daomeanas, embora, por algum motivo prevaleceram as tradições daomeanas e em outros casos as tradições yorubanas, embora, em qualquer “Nação”, sempre exista elementos, deste ou daquele povo, que em muitos casos são mantidos por tradição e respeito aos antepassados, embora se conheça as diferentes origens. E, em alguns casos, os seus praticantes não têm o mínimo de consciência das origens diversificadas, identificando somente como tradições africana, fazendo assim uma leitura “unificada e unificadora” de um continente tão diverso, como o Africano.



Pelos registros temos como o primeiro sacerdote iniciado no Brasil, de origem bantu, que mais tarde seria conhecida como Nação Angola-Congo, o Sr. Roberto Barros Reis, que foi o Iniciador da Sra. Maria Genoveva do Bonfim, conhecida como Maria Neném. A Sra. Maria Neném tinha o nome iniciático de Twenda Nzambi e Fundou uma casa de candomblé que chefiou até 1945.



De suas mãos saíram Manoel Ciriaco de Jesus, Tata Nludiamugongo, que teve casa de candomblé no Engenho Velho e depois assumiu a terreno da Ladeira da Vila América (ou Alto do Corrupio), que era do Sr. Manoel Kambambi, filho do Nkisi Nkosi. Foi Tata Ciriaco que formou a grande família hoje conhecida como Tumba Junsara, deixando a casa nas mãos de sua filha de santo e sobrinha de Tata Manoel Kambambi, Mam'etu Deré Lubdi, grande sacerdotisa. Hoje a casa é chefiada pela Nengua ria Nkisi/Mukixi Sra. Iraildes Maria de Jesus, filha do Nkisi Kindembo (Tempo), onde se celabra uma grande festa todos os anos no final de semana mais próximo ao dia 10 de agosto. Da raiz Tumba Junsara se espalharam várias casas em todo Brasil e no exterior.



Também das mãos de sacerdotisa Twenda Nzambi (Maria Neném) saiu o Sr. Manoel Bernardino, fundador da casa de Angola-Congo Bate Folha, na Mata escura, que também gerou um enormidade de filhos e casas que seguem esta tradição em todo o país e em vários país estrangeiros.



Além, é claro, de várias outras casas e famílias, que de acordo com os estudos e com os mais velhos são todos descendentes da sacerdotisa Maria Neném, pois foi ela que fundou a primeira casa de Candomblé de Angola – Muxicongo.



Embora, cada família se identifique como Angola-Congo, Angola Muxicongo, etc., existem tradições diferenciadas. Algumas cultuam um nkisi/mukixi que não é cultuado por outras. Algumas tem festas que não são realizadas por outras, mas a essência é a mesma: Nzambi Mpungu ou Suka Kalunga (um dos seus muitos nomes), que mora na Sanzala Kasembe Diá Nazambi (Aldeia encantada de Deus)/Duilo (céu), é o Deus Supremo e criador de todas as coisas. Quando do seu movimento de expansão e de criação, gerou o universo e consequentemente o planeta terra, que foi gerado pela energia e criação dos Nkisis/Mukixis que se manifestam nas diferentes partes da natureza e também regem a natureza humana. Através do culto aos Nkisi/Mukisi, já que Nzambi, está acima de qualquer forma existencial e de qualquer representação e culto, pois é completo em si mesmo, o ser humano consegue o equilíbrio e ascende espiritualmente como iniciado, até que chegue o momento de ir morar nas Aldeias dos Antepassados, onde se mantém vivo. Onde os campos são verdes e os rebanhos fartos. Onde são felizes e mantém o intercâmbio com os mundo dos humanos, que é sua continuidade. Os antepassados, também, são respeitados e invocados como intercessores e intermediários entre os seres humanos e Nzambi. A eles são devidos todo o respeito e todo ação de culto dentro de uma nzo (casa), que deve sempre iniciar com a invocação e homenagens aos antepassados.



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